A história do Chevrolet Opala nas corridas brasileiras. Artigos escritos por Carlos de Paula, tradutor, escritor e historiador de automobilismo baseado em Miami
Friday, February 22, 2013
O preço do ostracismo
Gimax, Al Pease, Hiroshi Fushida, são alguns dos muitos pilotos que chegaram na F1, porém, de modo geral não são conhecidos do grande público.
Se na F1 é assim, o que dizer de outras categorias.
O fato é que o automobilismo é um esporte em que poucos se sobressaem. Numa F1, podemos ter a impressão errada de que todos os pilotos são bem sucedidos, mais cedo mais tarde, por que pelo menos nessa categoria os pilotos geralmente já foram campeões ou vices de alguma coisa relevante, em algum ponto das suas carreiras.
Porém, a realidade é um pouco mais cruel. Se eu sentar aqui, provavelmente, posso escrever de memória o nome de uns mil pilotos. Se forçar mais um pouco, uns outros mil. Depois, a memória começa a falhar.
A realidade é que em cada corrida só há um vencedor na geral. As outras dezenas de participantes vai para casa com o prazer de participar, alguns de liderar ou fazer a pole, mas vencedor, só um piloto (ou seus co-pilotos, lógico). Alguns passam carreira inteiras assim, sem ser reconhecidos.
No nosso automobilismo não é diferente.
Outro dia, remexendo nas minhas coisas, vi uma cópia de programa de corrida da final da Stockcar em 1986, enviado por um leitor na época em que meus leitores se interessavam em me mandar materiais... Em 1986 a categoria já era considerada a principal do país. Foi também o último ano do patrocínio da Chevrolet.
Como a categoria já existia desde 1979, esta era a sétima temporada. Acreditem ou não, naquela altura dos acontecimentos somente onze pilotos tinham conseguido ganhar corridas na categoria. Naquele ano, até a penúltima corrida, 23 pilotos haviam conseguido obter pontos no campeonato. Um número expressivo, exceto que 44 pilotos estavam inscritos para aquela prova em Interlagos. Ou seja, a maioria teria participado do campeonato, com alto custo, muitas horas de trabalho, brigas com a família, sem sequer levar um pontinho para casa. E sem sequer ter seu nome nas revistas QR e AE, que naquela época só publicavam os nomes dos dez primeiros. E olhe lá.
Uma sincera homenagem a todos os pilotos que foram inscritos na última prova da Stockcar patrocinada pela GM, em 1986. Para alguns, pelo menos aqui seus esforços foram reconhecidos.
Nelson Lacerda
Sebastião Andrade
Adalberto Jardim
Dimas de Mello Pimenta
José Carlos Dias
Walter Corsi
Ricardo Steinfeld
Affonso Giaffone
Fabio Sotto Mayor
Fausto Walchemberg
Ingo Hoffmann
Camilo Christofaro Jr.
Alencar Junior
Chico Serra
Paulo Gomes
Ananias Justino
Laércio Justino
Zeca Giaffone
Walter Travaglini
Leonardo de Almeida
Lian Abreu Duarte
Joâo Batista Neto
Raad Massouh
Roberto Amaral
Luiz Aladino Osório
Attila Sipos
Sidney Alves
Paulo de Tarso Marques
Oscar Chanosky
José Catanha
Humberto Roperto Filho
Ney Faustini
Luis Pereira
Joannis Likouropoulos
Marcos Gracia
Sávio Murillo
Americo Bertini
Aloysio Andrade Filho
Ciro Aliperti Junior
Olavo Lima Filho
César Villela
Julio Coimbra
José Luiz Nogueira
Renato Marka
Carlos de Paula é tradutor, historiador e escritor baseado em Miami
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